Domingo, 28 de Setembro de 2008
Benfica mais forte encurta distância para Sporting.

 




CRÓNICA:

Dois golos, três pontos e um enguiço com três anos quebrado de forma categórica, numa altura chave da temporada. A vitória do Benfica no «derby» (2-0), a primeira na Luz desde 2005, tem como consequência imediata uma reaproximação dos três grandes, separados por um ponto a uma semana de fechar o ciclo dos clássicos.
 

Para lá da aritmética, o resultado dá um suplemento de ânimo e um atestado de viabilidade ao projecto de reconstrução encarnada a que Quique Flores e Rui Costa meteram ombros no Verão. Face aos prazos apertados da obra, a vitória sobre o Sporting representa para o técnico espanhol o maior luxo que podia pedir nesta altura: um suplemento de tempo e confiança.
 

O confronto de estilos, desenhado à partida, não foi atenuado pelas opções iniciais dos treinadores. Frente a um leão mais compacto, que procurava conduzir o jogo para a sua zona mais forte (o centro) Quique mantinha o onze de Paços de Ferreira, dando a um Benfica com tendência para abrir as asas (e os espaços), alguma consistência extra com a presença de Ruben Amorim na direita.
 

A certeza de que o Sporting estava menos pressionado saiu reforçada logo no primeiro minuto: a perdida de Yannick na cara de Quim foi um aviso que o Benfica teve de levar a sério, passando os minutos seguintes a procurar acertar a estratégia do fora-de-jogo para se livrar de mais sustos.


Só aos 20 minutos o Benfica foi capaz de abrir as asas pela primeira vez, quando Maxi se soltou na direita para um cruzamento-remate que Nuno Gomes desviou para fora. Postiga, numa fase de grande confiança, voltou a pôr a Luz em respeito, com um tiraço que obrigou Quim a voo aparatoso. Mas nesta altura já a dupla de centrais da Luz recuperara dos sustos iniciais, com Sidnei a ganhar protagonismo com dois cortes in extremis.


Com Yebda incansável a ganhar duelos a meio-campo, o Benfica começava a esvaziar o ponto forte do adversário. E, mesmo em ritmo de pisca-pisca, acabou a primeira parte mais perto da área de Rui Patrício. No último lance antes do intervalo, Yebda foi puxado por Postiga na área, num lance que Duarte Gomes decidiu ao contrário. Mas era preciso mais para desamarrar o jogo da teia de equilíbrios entre um Sporting que tinha mais bola e um Benfica que corria mais.


Quique não esperou para ver: com a entrada de Katsouranis, o impressionante Yebda ganhou um aliado para os duelos musculados a meio-campo enquanto o talento intermitente de Carlos Martins passava a ter melhor aplicação na ala direita. O braço-de-ferro começava a inclinar-se para a baliza de Patrício. Faltava mais um dado para completar a equação: a troca de Aimar por Nuno Gomes, com o argentino a dar, pela primeira vez, a medida do seu talento, ligando o jogo ofensivo da equipa com um futebol sinuoso e determinado.


O Sporting esperou demasiado para ver os efeitos práticos, perdendo capacidade para inquietar Quim com o passar dos minutos. Quando Paulo Bento lançou Derlei para tentar reacender a chama, já a Luz se tinha transformado num vulcão, incendiada por um momento de magia: no minuto anterior, Reyes, até aí pouco esclarecido, aproveitara um passe atrasado de Aimar para um golaço em forma de ponto de exclamação, que definiu o rumo do jogo.

 

Cinco minutos depois, Aimar ganhou o livre que Martins colocou na cabeça de Sidnei. O 2-0 era uma viagem sem regresso para o leão. Nem a entrada de Liedson (bons olhos o vejam!) para os minutos finais era capaz de devolver o jogo ao equilíbrio inicial. O Benfica tinha a vitória no bolso, por mérito próprio. Porque trabalhou mais para isso, porque foi capaz de atenuar as fraquezas e depois, correr os riscos certos, na altura certa, até encontrar o momento mágico de Reyes para abrir as asas e voar.

 

In: Maisfutebol

 


FICHA DE JOGO:

Benfica: Quim, Maxi Pereira, Miguel Vitor, Sidnei e Jorge Ribeiro; Rúben Amorim (Katsouranis, 46'), Carlos Martins, Yebda, Reyes (Di Maria, 74'), Nuno Gomes (Pablo Aimar, 58') e Cardozo.

Treinador: Quique Flores.

Suplentes não utilizados: Moreira, Léo, Binya e Makukula.

Disciplina: cartão amarelo a Yebda (85').

Golos: Reyes (66 m) e Sidnei (68 m).

Sporting: Rui Patrício, Abel (Pereirinha, 69'), Tonel, Polga e Grimi; João Moutinho, Miguel Veloso, Rochemback, Romagnoli (Liedson, 69''), Yannick e Hélder Postiga (Derlei, 66').
Treinador: Paulo Bento.

Suplentes não utilizados: Tiago, Daniel Carriço, Pedro Silva e Adrien Silva.

Disciplina: Cartão amarelo a Pereirinha (70'), Grimi (88') e João Moutinho (89').

Golos: Nada a assinalar.

 

AVALIAÇÕES À PRESTAÇÃO DE ROMAGNOLI:
 


 

• "Não foi noite para o médio argentino. Procurou encontrar espaço por toda a frente de ataque mas nada lhe saiu bem. Não foi o único responsável, mas dos seus pés pouco ou mesmo nada se conseguiu aproveitar para o ataque leonino. A ingrata missão de estar obrigado a desequilibrar leva muitas vezes a isto: pouca produção válida. Logo  aos 5' denunciou a desinspiração quando tinha Yannick isolado e adiantou demasiado. Foi quem mais sofreu com as trocas no meio-campo."  - in Record

• "Procurou criar espaços de ruptura no zona defensiva do Benfica, foi dos poucos a tentá-lo, mas nem sempre foi eficaz. Logo no período inicial tem dois lances (4' e 5') em que gerou de-sequilíbrios, mas sem efeitos práticos para o ataque da formação visitante. Foi perdendo clarividência com o passar do tempo, acabando por ser substituído aos 72'."  - in O Jogo


• "Ainda tentou assumir o jogo: Começo estimulante do argentino, a assumir a bola e a tentar organizar os movimentos de ataque. Rápido a pensar e a executar, nem sempre percebeu que, no futebol, velocidade não é correr. Tem outro conceito. É, sobretudo, fazer correr a bola com precisão. Perdeu-se, depois, no jogo posicional do losango, escondendo-se numa zona de ninguém."  - In A Bola



publicado por Filipa às 15:44
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Sábado, 27 de Setembro de 2008
Convocados para o derby.

 

Sporting e Benfica defrontam-se esta noite, no Estádio da Luz, numa partida a contar para a 4ª jornada da Liga Sagres. O sempre apetecível derby lisboeta não é obviamente decisivo, mas pode contribuir muito para as contas finais do campeonato: em caso de vitória no reduto do adversário, os leões mantêm-se no topo da tabela e aumentam para 7 o número de pontos de diferença para o eterno rival.

Paulo Bento é a personificação do espírito vencedor do Sporting, afirmando que é essa a principal meta do Sporting para este jogo: "É para isso que vamos à Luz; para aumentar a vantagem, e não para a manter". O técnico leonino defende ainda que se os seus jogadores forem "solidários, confiantes e organizados" têm todas as condições para vencer o encontro, apesar da qualidade reconhecida do Benfica.

Para este jogo, o regresso de Liedson aos convocados após 5 meses de ausência por lesão é, obviamente, a nota de maior relevo, numa lista onde Izmailov, Caneira e Simon Vukcevic estão ausentes, os 3 por motivos físicos.

 

LISTA DE CONVOCADOS:

Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago;

Defesas: Polga, Abel, Tonel, Carriço, Pedro Silva, Grimi e Ronny;

Médios: Veloso, Pereirinha, Moutinho, Rochemback, Romagnoli, e Adrien Silva;

Avançados: Djaló, Tiuí, Derlei, Liedson e Postiga.

 

O pontapé de saída do electrizante derby está marcado para as 20.45h, e os adeptos que não poderem marcar presença no Estádio poderão assistir ao encontro em directo e em exclusivo na SportTV1.

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publicado por Filipa às 16:58
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Domingo, 21 de Setembro de 2008
Sporting vence Belenenses e assume liderança.



CRÓNICA:
O Sporting assumiu a liderança da Liga Sagres, vencendo o Belenenses em Alvalade por 2-0, com golos de Hélder Postiga e Romagnoli, este na transformação de uma grande penalidade. Nos «leões», uma novidade no onze em relação à equipa que jogou em Barcelona, com Hélder Postiga a surgir ao lado de Yannick Djaló, em virtude da lesão de Derlei. No Belenenses, Casemiro Mior apresentou uma estrutura defensiva com três centrais - Carciano, Alex von Shwedler e Matheus - e um meio campo muito povoado, tentando retirar capacidade de organização à zona intermediária dos «leões». No entanto, os desdobramentos entre Rochemback, Romagnoli e Izmailov – um dos mais activos na primeira parte até à lesão – apoiados na direita por Abel, iam dando sinal mais ao Sporting, até porque na frente, Postiga foi sempre uma dor de cabeça para os centrais do Restelo. O Sporting tentou chegar cedo à vantagem, mas entre o deslumbramento de Postiga – na primeira situação isolou-se mas atirou por cima da barra após excelente abertura de Rochemback – e a direcção errada nos remates de Izmailov e Polga, a formação azul lá foi conseguindo adiar o golo adversário. No entanto, ao minuto 33, Postiga foi mais rápido do que toda gente e agradeceu o passe de Djaló para abrir o activo em Alvalade, fazendo assim o seu segundo golo com a camisola verde e branca. Aliás, Postiga foi mesmo a figura do encontro com o Belenenses, mas já lá vamos.

A emoção viria a tomar conta de Alvalade ainda na primeira parte, quando Vukcevic foi chamado para o aquecimento, em virtude da lesão de Izmailov. O montenegrino entrou bem no jogo, ajudando o Sporting a guardar a bola, mas a tarefa dos «leões» ficou bem mais facilitada, logo no recomeço da partida. Novamente Postiga em foco, a ganhar um penalty a Maycon, que Romagnoli transformou em golo e teve o condão de serenar o colectivo. A perder por 2-0, o Belenenses tentou reduzir, apesar da pouca clarividência no último terço do terreno, mas Patrício não deixou que Silas e Mano recolocassem os azuis na discussão do resultado. Os «leões» embalaram para uma boa exibição, sempre com Postiga e Yannick Djaló em tom ameaçador para a baliza de Júlio César e podiam ter conseguido um resultado mais expressivo. Vitória justa do Sporting que coloca os «leões» na frente do campeonato antes do derby da próxima jornada.

 

 In: Sporting.pt


FICHA DE JOGO:

Sporting: Rui Patrício; Abel, Polga, Tonel, Caneira, João Moutinho, Rochemback (Miguel Veloso, 60 m), Romagnoli (Pereirinha, 81 m), Izmailov (Vukcevic, 45 m), Yannick Djaló e Postiga.
Treinador: Paulo Bento.
Suplentes não utilizados: Ricardo Batista, Pedro Silva, Ronny e Tiuí.
Disciplina: Cartão amarelo para Hélder Postiga (14 m) e Miguel Veloso (88 m).
Golos: Hélder Postiga (33 m) e Romagnoli (49 m, g.p.).

Belenenses: Júlio César; Carciano, Alex, Matheus, Mano, Gabriel Gómez, Silas, Zé Pedro, Maykon (Vanderlei, 77 m), Wender (João Paulo, 79 m) e Porta (Roncatto, 70 m).
Treinador: Casemiro Mior.
Suplentes não utilizados: Costinha, Edimilson, Vinícius e Júnior Negão.
Disciplina: Cartão amarelo para Mano (39 m) e Maykon (48 m).

Golos: Nada a assinalar.

 

AVALIAÇÕES À PRESTAÇÃO DE ROMAGNOLI:
 


 

• "Tal como a equipa, não fez uma exibição de encantar, mas é indiscutível que o argentino tem pormenores acima da média. Cobrou com classe o penálti que ditou o resultado final e serenou equipa e adeptos."  - in Record

• "45' a correr atrás da bola sem lhe tocar com a frequência habitual, não tendo oportunidade para pôr em prática o seu drible curto. Apareceu melhor após o descanso... marcou de pénalti aos 50' e, aos 60', obrigou o guardião contrário a defesa apertada. Até à substituição (83'), conseguiu ser mais influente na manobra ofensiva da equipa."  - in O Jogo


• "Convicto no penalty: Trocou constantemente de posição com João Moutinho e Rochemback, procurou pegar no jogo na fase inicial da partida, mas foi, sobretudo, na segunda parte que apareceu, sendo um dos responsáveis pela subida de rendimento do Sporting. Executou a grande penalidade de forma convicta, libertando-se dos fantasmas do passado."  - In A Bola



O GOLO:
Leandro Romagnoli converteu com classe a grande penalidade conquistada por Hélder Postiga à passagem do minuto 50', elevando a vantagem do Sporting para 2 golos e serenando público e colegas de equipa: 



publicado por Filipa às 16:19
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Sábado, 20 de Setembro de 2008
Lista de convocados para a recepção ao Belenenses.

 

É já amanhã que o Sporting volta aos relvados, após o desaire de 3ª feira ante o colosso Barcelona. Desta feita, a partida frente ao Belenenses não conta para a Champions League e sim para a Liga Sagres, mas deverá ser encarada com o mesmo espírito vencedor que Paulo Bento quis incultir aos jogadores em Camp Nou, ainda que sem alcançar os resultados pretendidos. O técnico leonino promete «vontade de vencer», até porque a uma semana de visitar os rivais do Benfica, a conquista dos 3 pontos em disputa com os homens de Belém afigura-se importantíssima para a manutenção do 1º lugar, dividido à entrada para a 3ª jornada com o Nacional da Madeira.

 

Da lista de 19 jogadores chamados por P.Bento para este encontro, destaque óbvio para o regresso de Vukcevic e para a estreia absoluta em jogos oficiais de Ricardo Baptista. De fora por lesão continua Liedson, ao qual se juntam Grimi e Derlei, a contas com mazelas contraídas em Barcelona.

 

LISTA DE CONVOCADOS:

Guarda-redes: Rui Patrício e Ricardo Baptista.

Defesas: Daniel Carriço, Polga, Pedro Silva, Ronny, Caneira, Tonel, Abel.

Médios: Miguel Veloso, Pereirinha, Rochemback, João Moutinho, Romagnoli, Izmailov.

Avançados: Vukcevic, Yannick, Tiuí e Postiga.
 

 

Sporting e Belenenses defrontam-se amanhã, no jogo de abertura da 3ª jornada da Liga Sagres, a ter lugar no Estádio de Alvalade e com transmissão em directo e em exclusivo na SportTV1 a partir das 20h30.

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publicado por Filipa às 02:44
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Quarta-feira, 17 de Setembro de 2008
«Leãozinho» abafado pelo talento do Barcelona.

CRÓNICA:
 

 

 

 

As crises dos gigantes do futebol são por vezes um perigo para os adversários europeus, que frequentemente "pagam" com juros as frustrações acumuladas. Ontem, foi o leão quem sofreu na pele a raiva catalã: um Sporting fraco não foi oponente à altura de um bom Barcelona, determinado a alcançar a reconciliação com os adeptos, após uma série de maus resultados. Diga-se, aliás, que o 3-1 até acaba por ser lisonjeiro para a formação lusa, tal o número de claras ocasiões de golo junto da baliza defendida por Rui Patrício.

 

Amunike tinha avisado, em entrevista a O JOGO, que ir ao Camp Nou para defender era uma estratégia condenada ao fracasso, mas os leões não assimilaram a mensagem. Durante 21 minutos - altura em que Rafael Márquez inaugurou o marcador -, o Sporting limitou-se a ver o Barcelona jogar, maravilhado, talvez, com o talento de Messi, Xavi, Iniesta e companhia, e sem perceber que estava apenas a contribuir para a reabilitação da crise blaugrana. Como um pugilista que se limita a proteger o rosto enquanto é esmurrado pelo adversário, sem sequer procurar retorquir, a formação verde e branca acabou por ceder o espaço necessário ao golpe contundente. Só então, já em desvantagem, se notou a intenção de reagir: recuperada a bola, crescia a intensidade na transição, e os espaços no meio campo dos anfitriões começavam a ser preenchidos com maior intencionalidade. Ainda assim, poucos foram os frutos, já que o primeiro remate visitante surgiu apenas aos 26', e só um livre de Rochemback levou real perigo à baliza de Valdés. Com o apito do árbitro a anunciar o intervalo, vinha apenas um sentimento de alívio por não ser maior o prejuízo.

 

O segundo tempo trouxe uma equipa menos reverente, apostada em discutir o controlo da partida, mas os constantes erros na construção da manobra ofensiva iam facilitando a tarefa culé. Contudo, foi o - duvidoso - penálti convertido por Eto'o, aos 60', que mais complicou a vida ao leão. Tudo parecia estar perdido, quando, aos 72', Tonel aproveitou um livre para reduzir a diferença, e, pela primeira vez, o Barcelona tremia. Era a oportunidade para chegar ao empate, e, sentindo-a, Paulo Bento decidiu arriscar: abdicou do losango em favor do 4x4x2 clássico fazendo entrar Pereirinha para o lugar de Caneira e recuando Miguel Veloso para o lado esquerdo da defesa. O tiro saiu, contudo, pela culatra, pois a ausência de Veloso no meio desguarneceu a zona intermédia, o Sporting voltou a perder o controlo das operações e nunca logrou explorar os corredores laterais. Agora, resta à formação verde e branca assimilar todas as lições desta má experiência e agradecer pelo facto de as outras equipas do grupo não terem a qualidade deste Barça.

 

In: O Jogo

 


FICHA DE JOGO:
Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Puyol (Sylvinho, 88 m), Márquez e Piqué; Keita, Xavi e Iniesta; Messi, Eto'o (Touré, 65 m) e Thierry Henry (Pedro Rodríguez, 75 m).
Treinador: Pep Guardiola.
Suplentes não utilizados: Pinto, Cáceres, Pedro Rodríguez, Bojan e Gudjohnsen.
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Piqué (69 m).
Golos: Rafael Márquez (21 m), Eto'o 62 m g.p.) e Xavi (87 m).

Sporting: Rui Patrício; Abel, Tonel, Anderson Polga e Marco Caneira (Pereirinha, 79 m); João Moutinho, Fábio Rochemback, Izmailov e Romagnoli (Miguel Veloso, 64 m); Derlei e Yannick (Hélder Postiga, 62 m).
Treinador: Paulo Bento.
Suplentes não utilizados: Tiago, Pedro Silva, Adrien, Pereirinha, Rodrigo Tiuí
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Rochemback (85 m).
Golo: Tonel (71 m).

 

 AVALIAÇÕES À PRESTAÇÃO DE ROMAGNOLI:
 


 


• "Quando foi substituído aos 65 minutos, era o jogador do Sporting com mais remates (dois, a par de Rochemback), situação nada normal, pois não é, de longe, um dos rematadores da equipa. Tentou pausar o jogo dos leões, mas sem êxito, pois foi forçado a desgastar-se a defender, e depois a bola raramente lhe chegou jogável. - in O Jogo


• "Se é verdade que a bola raramente lhe chegou, também é certo que poucas vezes a procurou. Pareceu mais preocupado em interceptar passes do adversário em vez de desempenhar a tarefa que lhe estava destinada, pegar na bola e levá-la para a frente. Uma exibição tão pálida só lhe poderia mesmo valer a ... substituição: saiu ao minuto 64."  - In A Bola


DECLARAÇÕES NO FINAL DO JOGO:

"Barça foi superior"

 


 

Romagnoli explicou de forma simples a derrota na ronda inaugural da Champions.

"O Barça foi sempre superior, nunca nos deixou jogar à bola. Devemos começar já a pensar no futuro. O Messi? É muito rápido com a bola nos pés", esclarece. Analisando a sua prestação, Pipi admite a necessidade de melhorar em alguns aspectos. "Fui mais defensivo do que atacante, mas vou ter de me esforçar mais", reconhece. Para Pipi, o Shakhtar é o rival no grupo. "Vamos disputar o segundo lugar e não podemos perder pontos em casa", avança o argentino.

In: O Jogo


publicado por Filipa às 18:06
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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008
Sporting em Camp Nou «a lutar para ganhar».

 

O Sporting viajou hoje para Barcelona, onde amanhã defronta a equipa local, um colosso do futebol europeu e mundial, naquela que será a primeira partida dos leões na Liga dos Competições esta época. Uma estreia muito ansiada e nada temida pelos «verdes-e-brancos», que encaram o adversário com o óbvio respeito que lhes merece mas também com confiança num bom resultado. João Moutinho, o capitão, revelou na conferência de imprensa que "o Sporting vai jogar da mesma forma que sempre faz em todos os jogos, ou seja, vai lutar para ganhar." Paulo Bento, por seu lado, disse que o Sporting quererá "criar dificuldades" ao Barcelona, e já a semana passada Romagnoli defendera que o Sporting tem "boas armas" para garantir um bom resultado em Camp Nou.  

 

Na comitiva leonina viajaram 19 jogadores, sendo as ausências de Vukcevic, por opção, e de Liedson, por lesão, as mais notadas. Também Stojkovic e Ricardo Baptista, Daniel Carriço e Ronny não constam das opções do treinador. De regresso estão Yannick Djaló e Anderson Polga.

 

LISTA DE CONVOCADOS:
Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago
Defesas: Abel, Pedro Silva, Polga, Tonel, Caneira e Grimi
Médios: Adrien, Miguel Veloso, Rochemback, Pereirinha, Moutinho, Romagnoli e Izmailov.
Avançados: Derlei, Postiga, Tiuí e Yannick

 

O pontapé de saída deste encontro está marcado para as 19.45h, com transmissão em directo e em exclusivo na RTP1.

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publicado por Filipa às 21:39
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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008
Romagnoli ganhou 4 kilos de massa muscular.

"PAPÁ, ESTOU MAIS FORTE"

 

 

Mais pesado, mais forte, mais… jogador. O argentino Leandro Romagnoli já não tem nada a ver com o jogador franzino, frágil, que em Dezembro de 2005 chegou a Alvalade, oriundo do Veracruz, do México, depois de ter brilhado no seu país, ao serviço do histórico San Lorenzo de Almagro. Ao cuidado na alimentação, que nem sequer condiciona o gosto por massas e pastas italianas (até são fontes de energia, por terem hidratos de carbono), juntou-se um planeado e rigoroso trabalho de ginásio que, no último ano, lhe permitiu ganhar cerca de dois quilos. Aliás, desde que se mudou para o clube leonino, Romagnoli passou de 61 para 65 quilos, distribuídos por 1,72 metros - crescer é que já cresceu tudo o que tinha para crescer. Um aumento considerável, em massa muscular, não em gordura.

E assim, em vez de durar os 20/25 minutos dos seus primeiros meses de leão, o internacional argentino já consegue aguentar 3/4 de jogo ao mesmo nível. Algo que, claro, o motiva imenso, como o próprio já admitiu em conversa com o pai, Atílio. "'Papá, estou mais forte', disse-me ele noutro dia. Segundo aquilo que percebi, ele agora está com mais musculatura, com outra capacidade a nível físico, graças a um bom trabalho de ginásio. O que, claro, é muito importante para ele", revela, a O JOGO, o progenitor do criativo, a partir de Buenos Aires.

O trabalho no ginásio - que já antes redimensionou Cristiano Ronaldo, Nani ou Yannick Djaló -, aliado às correcções tácticas de Paulo Bento, garante ao Sporting um criativo mais consistente, mais disponível, capaz de participar em tarefas que não apenas as ofensivas, enquadrando-se na versatilidade que o treinador leonino idealizou e anunciou para esta época. Uma equipa mais larga, mais funcional. Nos três encontros já realizados, um para a Supertaça, frente ao FC Porto, e dois para o Campeonato (Trofense e Braga), o camisola 30 até foi substituído em todos, e sempre antes dos 70 minutos, mas não saiu por estar em sub-rendimento ou por já ter dado o berro. Saiu, sim, por já ter feito o que lhe fora pedido e ser momento de mudar um sistema que, de facto, tem mais Romagnoli do que nunca. Em peso e... relevância.

 

JÁ MARADONA DIZIA QUE SÓ FALTAVA AQUILO QUE SE CONSEGUE NUM GINÁSIO

 

 

Diego Maradona disse um dia que Romagnoli tinha talento para lhe suceder. E deixou a ideia escrita na sua biografia, "Eu Sou El Diego", lançada em 2000, numa lista com os cem melhores jogadores de sempre. Deu o 98.º lugar a Pipi, e elogios em série. Não foi a primeira vez, e também não deve ter sido a última, que El Pibe indica algum argentino capaz de o render, mas o certo é que aquele que muitos consideram ter sido o melhor da história do futebol já então sabia perfeitamente o que faltava a Pipi. "O 'rapazito' fascina-me. Faltam-lhe pernas, físico, músculos, tudo, mas sobra-lhe coragem para fintar. O resto consegue-se num ginásio", sugeria, sábio, Maradona.

 

FICOU POR MENOS DE METADE

 

 

Romagnoli, primeiro reforço da era Paulo Bento, nem sempre foi consensual e, um ano depois de ter chegado, até esteve para sair de Alvalade. Emprestado por época e meia pelos mexicanos do Veracruz, o argentino despertou, em Janeiro de 2006, o interesse dos espanhóis do Getafe e do seu primeiro clube, o San Lorenzo. O negócio até poderia agradar ao Sporting, porque, nessa altura, Romagnoli ainda tinha mais meio ano de contrato com os leões, mas nenhum dos interessados chegou a acordo com o Veracruz. O camisola 30 continuou de verde e branco... e o seu rendimento disparou. No Verão de 2007, o clube leonino decidiu exercer o direito de opção de compra do passe, por 1,2 milhões de euros. Um valor mais baixo (menos de metade) do que aquele que estava clausulado: 2,8 milhões. É que os leões regatearam, e muito, como se percebe, o preço a pagar.

 

PROTEGIDO PELA VIRGEM DE LUJÁN

 

 

Com 27 anos e já na quarta época de leão, Pipi, que tem contrato até 2010, participou activamente nas últimas conquistas do Sporting: duas Taças de Portugal e duas Supertaças. Totaliza 91 jogos pelos leões (só em 2007/08 fez 51!) e, por isso, está a nove de chegar à centena. Casado e pai de duas meninas, o criativo, marcador oficial dos penáltis na formação de Alvalade, é filho de um antigo ponta-de-lança do Hurácan, e aos 17 anos já alinhava na primeira equipa do San Lorenzo. E foi campeão do Mundo de Sub-20, em 2001, numa selecção de estrelas. Fã de Playstation e de cumbia, um estilo musical argentino, adora massas, também aprecia carne grelhada. Quando chegou a Portugal, tinha... 14 tatuagens. Agora, já são pelo menos 15, depois de ter mandado tatuar o nome da filha mais nova. E uma das imagens que exibe no corpo (na perna) é da Virgem de Luján, que define como a sua... protectora.

 

 

Reportagem de: Luís Pena Viegas ( O Jogo )



publicado por Filipa às 16:40
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Segunda-feira, 8 de Setembro de 2008
Romagnoli já antevê encontro com Barça.

"TAMBÉM TEMOS BOAS ARMAS!"

 

 

Com respeito mas sem medos. É desta forma que Romagnoli assume a posição leonina para o encontro em Barcelona. “Apesar de ter perdido em Soria, frente ao Numancia, sabemos que o Barça é uma equipa forte e que vale pelo seu todo, mas iremos a Camp Nou com a clara intenção de fazermos prevalecer as nossas boas armas. O ideal seria ganhar, mas empatar já será bom. Jogar em Camp Nou será lindo”, salientou o médio-ofensivo argentino ao programa “Tu Dirás”, da RAC1.

E, entre as estrelas catalãs, Pipi não tem problemas em apontar as mais perigosas: Eto’o e... Messi. “Nunca joguei contra ele, mas não é um desconhecido... Sou grande admirador das suas potencialidades e sei que é muito complicado pará-lo. Messi, como Eto’o, pode decidir uma partida de um momento para o outro. Só espero que, contra nós, não faça nenhum dos seus truques”, advogou.

 
O argentino revelou ainda que, se tiver oportunidade, tentará pedir a camisola ao seu compatriota, apesar da timidez que o caracteriza. "Sou envergonhado para lhe pedir a camisola, mas se me cruzar com Messi, peço. Sei que me vai custar...", confessou.

 

Fontes: Record e O Jogo

 



publicado por Filipa às 19:33
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Terça-feira, 2 de Setembro de 2008
Sporting vence Braga e assume liderança da Liga Sagres.



CRÓNICA
:

No primeiro teste a sério à capacidade do «leão», o Sporting saiu vitorioso da "pedreira" de Braga. Um golo a abrir, de Hélder Postiga, selou um triunfo do querer, da capacidade e do espírito de sacrifício da equipa verde e branca.
Face à indisponibilidade física de Yannick Djaló, foi Hélder Postiga a assumir a titularidade ao lado de Derlei. De resto, tudo igual na estrutura montada por Paulo Bento, à excepção da esperada colocação de Caneira no eixo defensivo, dado o castigo de Polga. Jorge Jesus escalou uma equipa com um meio campo muito ofensivo – num modelo táctico 4x4x2 idêntico ao dos «leões» – e duas setas apontadas à baliza «leonina» Meyong e Linz.

Num campo tradicionalmente complicado para os «leões», esperavam-se grandes dificuldades, mas na primeira situação de perigo, o Sporting colocou-se em vantagem no marcador, num bom lance pela direita desenvolvido por Abel, com conclusão eficaz de Postiga.

O Braga não acusou o golo sofrido - o primeiro na temporada - e só começou a soltar-se graças ao meio campo empreendedor conduzido por Frechaut e Luís Aguiar. Enquanto houve capacidade do meio campo «leonino» para pressionar alto, as alas arsenalistas estiveram pouco em jogo, e o Sporting soube usar o "fato de macaco" quando foi necessário.

O jogo teve grande intensidade, mas nem sempre foi bem jogado - muito por culpa das demasiadas paragens "promovidas" por Bruno Paixão - mas apesar de a formação arsenalista ter crescido em termos de dinâmica ofensiva, o sector defensivo do Sporting esteve irrepreensível do primeiro ao último minuto.

Paulo Bento optou por mudar o ataque e com Postiga amarelado, foi o reforço dos «leões» o sacrificado, cedendo o lugar a Tiuí. Do outro lado, Jesus apostou tudo para tentar chegar a igualdade - entradas de Renteria e Mossoró - mas o Braga nunca conseguiu colocar Patrício verdadeiramente à prova. O Sporting detinha menor capacidade para sair a jogar e com pouco discernimento para aproveitar o balanceamento ofensivo dos arsenalistas, foi necessário estancar o assédio bracarense com a entrada de Miguel Veloso. À entrada para o último quarto hora de jogo, o Sporting equilibrou as operações na zona intermediária, e a oito minutos do fim teve excelente ocasião para "matar" o jogo, mas Tiuí, primeiro, e Moutinho, depois, não acertaram com as redes de Eduardo.

Valeu João Pereira – expulso pela pisadela em Moutinho – a facilitar a tarefa aos «leões» que saíram de Braga com três precisos pontos e na frente do campeonato, ex-aequo com o Nacional.

 

In: Sporting.pt

 

FICHA DE JOGO:

Sp. Braga: Eduardo; João Pereira, Rodriguez, Moisés, Evaldo, Alan, Frechaut, Luís Aguiar (Mossoró, 66 m), Matheus (César Peixoto, 56 m), Meyong (Renteria, 66 m) e Linz.
Treinador: Jorge Jesus
Suplentes não utilizados: Kieszek, Paulo César, Stélvio e André Leone.
Disciplina: Cartão amarelo para Luís Aguiar (4 m), Evaldo (22 m), João Pereira (62 m) e César Peixoto (87 m). Cartão vermelho para João Pereira (83 m).
Golos: Nada a assinalar.


Sporting: Rui Patrício; Abel, Caneira, Tonel, Grimi, Rochemback, João Moutinho, Romagnoli (Miguel Veloso, 67 m), Izmailov, Hélder Postiga (Tiuí, 55 m) e Derlei (Vukcevic, 85 m).
Treinador: Paulo Bento.
Suplentes não utilizados: Tiago, Daniel Carriço, Ronny e Pereirinha.

Disciplina: Cartão amarelo para Grimi (9 m), Hélder Postiga (36 m), João Moutinho (53 m), Miguel Veloso (81 m).
Golos: Hélder Postiga (3 m).

 

 AVALIAÇÕES À PRESTAÇÃO DE ROMAGNOLI:
 


 

• "Acção importante porque esteve sempre em movimento a criar linhas de passes para os companheiros e a garantir posse de bola. Saiu, como de costume, para dar entrada a Veloso, quando a ordem era fechar ainda mais."  - in Record


• "Deveras intermitente, apareceu a espaços e quase sempre sem gerar os desequilíbrios que lhe são habituais nos últimos 30 metros, mas louve-se-lhe a generosidade na forma como defendeu. Sem espanto, saiu aos 67 para dar lugar a Miguel Veloso." - in O Jogo


• "Em versão mais operária: A pedra mais ofensiva do losango de Paulo Bento parece por vezes sufocada pela preponderância que Rochemback ganha nos movimentos ófensivos da equipa. É um pouco assim, mas o argentino nem por isso se rende às evidências, procurando a bola em terrenos mais recuados, dando muito de si pelo sucesso do colectivo."  - In A Bola



publicado por Filipa às 21:18
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